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Conheça os principais tipos de câncer, seus sintomas e tratamento

O câncer é uma doença complexa que afeta milhões de pessoas em todo o mundo, com diversos tipos, características específicas e formas de tratamento. Segundo o INCA (Instituto Nacional de Câncer), o câncer de pele não melanoma é o mais incidente no Brasil, com mais de 220 mil novos casos estimados para cada ano do triênio 2022-2025.

Por isso no post de hoje entenderemos melhor esse tipo de câncer.

Câncer de pele 

A pele, nosso maior órgão, desempenha diversas funções vitais, como regular a temperatura corporal, proteger os órgãos internos, captar estímulos do ambiente e transmiti-los ao cérebro. É composta por três camadas: epiderme (mais externa), derme e tecido subcutâneo. A epiderme é formada por células queratinócitos e basais, responsáveis pela produção de queratina e melanina, respectivamente.

A derme é mais espessa que a epiderme e abriga anexos cutâneos, como glândulas sebáceas e folículos pilosos, além de vasos sanguíneos, linfáticos e nervos. Já o tecido subcutâneo atua na retenção de calor e absorção de impactos para proteger os órgãos internos.

O câncer de pele ocorre quando as células da pele se multiplicam de forma anormal, formando um tumor maligno. Existem dois principais tipos: câncer de pele não melanoma (carcinoma espinocelular e basocelular) e câncer de pele melanoma. Esses tipos diferem em suas características e gravidade.

Câncer de pele não melanoma (Carcinoma espinocelular e basocelular)

O câncer de pele não melanoma engloba principalmente o carcinoma espinocelular e o carcinoma basocelular, sendo responsável por 95% dos casos. O carcinoma basocelular, originado nas células basais da epiderme, é o mais comum, representando 75% dos casos. Geralmente afeta pessoas de meia-idade e idosos, aparecendo em áreas altamente expostas ao sol, como rosto e pescoço. Seu crescimento é lento, mas cerca de 40% dos pacientes podem desenvolver um novo câncer de pele dentro de 5 anos após o diagnóstico.

O carcinoma espinocelular, por sua vez, tem origem na camada externa da epiderme e corresponde a 20% dos casos. É mais comum em áreas com exposição solar prolongada, como rosto, orelha, lábios, pescoço e dorso da mão. Pode surgir também em cicatrizes antigas ou feridas crônicas em qualquer parte do corpo.

Fatores de risco: sem dúvida o mais conhecido é a exposição solar prolongada, outros fatores são a pele clara, radioterapia, imunossupressão, produtos químicos (arsênico, carvão, parafina, alcatrão), cicatrizes crônicas de queimaduras, áreas de infecção crônica, algumas doenças como psoríase, xeroderma pigmentoso, infecção pelo papilomavírus humano (HPV), uso de tabaco e já ter tido câncer de pele.

Sinais e sintomas: Lesão na pele em forma de nódulo de coloração rósea, avermelhada ou escura, de crescimento lento, porém progressivo, qualquer pinta de crescimento progressivo, coceira, sangramento, lesões com dificuldade para cicatrização (maior de 4 semanas); manchas que mudam de cor, espessura ou tamanho.

Diagnóstico: Por ser um câncer que compromete inicialmente a pele, o diagnóstico precoce pode ser feito na maioria dos casos apenas com exame físico, dispensando a necessidade de exames sofisticados.

A Dermatoscopia é um método usado para diagnosticar lesões de pele, incluindo nervos e outras lesões benignas, carcinomas e o melanoma. O Dermatoscópio é um aparelho que emite luz halógena e amplia a lesão a ser examinada em até 10 vezes. Podemos assim identificar estruturas e atribuir notas às lesões, classificando-as em benignas, suspeitas ou malignas.

O diagnóstico definitivo do câncer de pele é feito através da biópsia da lesão e do exame anatomopatológico.

Estadiamento:  esse procedimento é clínico e dispensa exames complementares. Nos casos em que o paciente tem sintomas sugestivos de doença metastática, exames selecionados podem ser necessários.

Tratamento: o tratamento do carcinoma basocelular e espinocelular é a remoção cirúrgica da lesão com margens oncológicas. Em alguns casos de carcinoma espinocelular, pode estar indicado a radioterapia ou a quimioterapia adjuvante (após a cirurgia). No caso do carcinoma basocelular a radioterapia adjuvante pode ser necessária. A escolha do tratamento vai depender do tamanho, tipo do câncer e de sua localização.

Outros tipos de tratamentos locais podem ser a crioterapia (congelação com nitrogênio), quimioterapia tópica e a radioterapia, estes são menos frequentemente utilizados por terem uma alta taxa de recidiva, e devem ser utilizados em casos selecionados.

Melanoma

O melanoma cutâneo é um tipo de câncer de pele que tem origem nos melanócitos (células produtoras de melanina, substância que determina a cor da pele) e tem predominância em adultos brancos. Representa cerca de 5% das neoplasias malignas da pele, sendo o mais agressivo com alta capacidade de metástase.

Fatores de risco: exposição solar, pele clara, já ter tido câncer de pele, história familiar de câncer de pele, imunossupressão, xeroderma pigmentoso entre outros.

Sinais e sintomas: o surgimento de uma pinta escura de bordas irregulares acompanhada de coceira e descamação deve levantar suspeita. As lesões pigmentadas pré-existentes com alteração na coloração e na forma também devem ser investigadas.

Diagnóstico: Por ser um câncer que compromete inicialmente a pele, o diagnóstico precoce pode ser feito na maioria dos casos apenas com exame físico, dispensando a necessidade de exames sofisticados.

A Dermatoscopia é um método usado para diagnosticar lesões de pele, incluindo nervos e outras lesões benignas, carcinomas e o melanoma. O Dermatoscópio é um aparelho que emite luz halógena e amplia a lesão a ser examinada em até 10 vezes. Podemos assim identificar estruturas e atribuir notas às lesões, classificando-as em benignas, suspeitas ou malignas.

O ABCD do melanoma ajuda no diagnóstico de lesões suspeitas e consiste nas características da lesão, tais como: Assimetria (a metade da pinta não “casa” com a outra metade), Bordas irregulares, Cor (coloração não é a mesma em toda pinta) e o Diâmetro maior de 5 mm.

O diagnóstico definitivo é feito através da biópsia excisional da lesão (retirada de toda a lesão) e do exame anatomopatológico.

Em alguns casos raros, o melanoma se espalha (metástase) para linfonodos (gânglios linfáticos), pulmões, cérebro ou outros órgãos enquanto a lesão na pele ainda é muito pequena. Quando isso ocorre, o melanoma metastático pode ser confundido com um câncer que teve início nesses órgãos. Por exemplo, descobre-se um câncer que parece ser de pulmão, mas que na verdade é um melanoma que atingiu o pulmão. Nesses casos, as amostras da biópsia são examinadas para ver se se trata de melanoma, porque diferentes tipos de câncer exigem diferentes tratamentos.

Estadiamento: os exames necessários para o estadiamento em geral são ecografia de abdome e raio X de tórax. O mapeamento do linfonodo sentinela irá depender da profundidade que a lesão atinge na pele (Breslow da lesão). Outros exames como tomografias, ressonância magnética e PET-CT irão depender do estadio e dos sintomas do paciente.

Tratamento: inicia-se sempre pela excisão simples da lesão com margem mínima, através do exame anatomopatológico é avaliado o Breslow da lesão (profundidade de invasão) que definirá o próximo passo.

A margem sempre deverá ser ampliada, o Breslow da lesão irá definir se o paciente necessita de algum procedimento para a avaliação do status dos linfonodos, podendo ser apenas acompanhamento, avaliação do linfonodo sentinela e linfadenectomia da região de drenagem linfática (definida pela linfocintilografia).

A quimioterapia e ou a imunoterapia podem ser adjuvantes (após a cirurgia) ou de forma paliativa na doença metastática. A radioterapia pode ser necessária de forma adjuvante, a depender do estadiamento. Esta também pode ser útil nas recidivas locorregionais e a distância.

Como prevenir o câncer de pele?

Embora não seja possível garantir a prevenção total do câncer de pele, é possível reduzir significativamente o risco de desenvolvê-lo ao adotar medidas de proteção solar e evitar exposições prolongadas e excessivas aos raios ultravioleta (UV), por exemplo. 

Aqui estão dicas  importantes para prevenir o câncer de pele:

Use protetor solar: Aplique generosamente um protetor solar de amplo espectro com fator de proteção solar (FPS) 30 ou superior em todas as áreas expostas da pele, mesmo em dias nublados. Reaplique a cada duas horas ou após nadar, suar excessivamente ou secar-se com uma toalha.

Evite a exposição excessiva ao sol: Busque sombra durante os horários de pico de radiação solar, geralmente entre as 10h e às 16h. Isso reduzirá a exposição aos raios UV mais intensos.

Use roupas de proteção: Vista roupas de manga longa, calças compridas, chapéu de abas largas e óculos de sol para proteger a pele dos raios solares. Opte por tecidos de algodão leve e de cores claras.

Evite o uso de câmaras de bronzeamento: O uso de câmaras de bronzeamento artificial aumenta significativamente o risco de câncer de pele. Evite esses dispositivos e busque alternativas de bronzeamento sem exposição à radiação UV.

Realize exames regulares da pele: Fique atento a qualquer alteração em pintas, sinais ou manchas na pele. Realize auto exames regulares e consulte um dermatologista se notar qualquer mudança suspeita.

Proteja as crianças: As crianças são especialmente sensíveis aos danos causados pelo sol. Mantenha-as protegidas com roupas, chapéus e protetor solar e ensine-as sobre a importância da proteção solar desde cedo.

Consulte um dermatologista: Faça consultas regulares com um dermatologista para exames de pele e orientações personalizadas sobre prevenção e detecção precoce do câncer de pele.

A prevenção do câncer de pele é de extrema importância para garantir a saúde e bem-estar da pele. Ao adotar medidas de proteção solar e cuidados adequados, é possível reduzir significativamente o risco de desenvolvimento dessa doença. 

Além disso, estar atento a qualquer alteração na pele é essencial, realize exames regulares da pele e consulte com frequência o dermatologista para avaliação e orientações.

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