O fígado é dividido em 8 segmentos (figura ao lado), a segmentectomia hepática é a retirada de um ou mais de um destes segmentos (bi-segmentectomia, tri-segmentectomia, etc…). Quando ocorre a retirada de todo o lado direito ou de todo o lado esquerdo, chamamos de hepatectomia direita ou esquerda (esta pode ser estendida quando é retirado todo um lado mais um segmento do outro lado).
Nos casos de metástases (câncer disseminado para o fígado), outro procedimento possível é a nodulectomia ou retirada das metástases com pouca margem (o objetivo é o de preservar o parênquima hepático saudável).
A radioblação é um procedimento que utiliza o calor para destruir as celulas tumorais. É puncionado o tumor com uma agulha especial, através de radiofrequencia, ocorre uma vibração na ponta da agulha produzindo calor, este calor desnatura as proteinas levando a morte celular.
A quimioembolização, realizada por radiologia intervencionista, é feita através de punção da artéria femoral na virilha, semelhante ao cateterismo cardiaco, só que a artéria a ser cateterizada é a hepática. O objetivo é que o quimioterapico fornecido esteja numa maior concentração do que a que habitualmente é feita na circulação periférica, neste procedimento tenta-se ocluir o vaso nutridor do tumor, utiliza-se agentes embolizantes, fazendo com que o tumor estabilize, diminua de tamanho e mais raramente desapareça. Estes dois últimos procedimentos, radioablação e quimioembolização, costumam ser paliativos.
Para os tumores de via biliar consiste na ressecção do segmento acometido com linfadenectomia regional (retirada dos gânglios linfáticos), quando o segmento é proximal pode ser necessário ressecar um segmento do fígado, e quando distal pode estar indicada a duodenopancreatectomia ou gastroduodenopancreatectomia. Em geral a reconstrução é feita com uma alça de intestino delgado (anastomose bileo-digestiva, ilustrada na figura ao lado) em Y de Roux.
Para os tumores de vesícula biliar a depender do estádio da doença pode ser feito apenas a colecistectomia, ou poderá ser necessário uma cirurgia mais radical (hepatectomia segmentar e linfadenectomia regional).